terça-feira, 9 de setembro de 2014

Siddhartha - Amor à vida

Por isso tudo que existe me parece bom, a morte e a vida, o pecado e a santidade, a sensatez e a loucura, tudo é necessário dessa maneira, tudo necessita apenas do meu acordo, da minha boa vontade, da minha afetuosa compreensão; assim tudo é bom para mim, pode apenas encorajar-me, nunca me pode prejudicar. Senti no meu corpo e na minha alma que precisava muito do pecado, precisava da luxúria, da ambição e da vaidade, precisava do desespero mais ultrajante, para aprender a não lhes resistir, para aprender a amar o mundo, para não mais o comparar com qualquer outro mundo por mim desejado ou imaginado, com uma forma de perfeição concebida por mim, mas sim para o deixar ser como é, para amá-lo e sentir-me feliz por lhe pertencer. Isto, Govinda, são algumas das ideias que me acorreram ao espírito. (pg. 146)

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