sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Fahrenheit 451 - Tempos pós-modernos

-- A escolaridade é abreviada, a disciplina relaxada, as filosofias, as histórias e as línguas são abolidas, gramática e ortografia pouco a pouco negligenciadas, e, por fim, quase totalmente ignoradas. A vida é imediata, o emprego é que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas? [...]

-- Mais esporte para todos, espírito de grupo, diversão, e não se tem de pensar não é? Organizar, tornar a organizar e superorganizar super-superesportes. Mais ilustrações nos livros. Mais figuras. A mente bebe cada vez menos. Impaciência. Rodovias cheias de multidões que vão para cá, para lá, a toda parte, a parte alguma. Os refugiados da gasolina.

--[...] A coisa não veio do governo. Não houve nenhum decreto, nenhuma declaração, nenhuma censura como ponto de partida. Não! A tecnologia, a exploração das massas e a pressão das minorias realizaram a façanha, graças a Deus. (pg. 78)

Nenhum comentário:

Postar um comentário